domingo, 30 de maio de 2010

A carne nua e crua

Proveniente do sabor da madrugada!
Distingüe-se do jeito salgado,
Ou mero sabor adocicado?
Provada em um simples
Beijo gelado!
Coberto pelo céu estrelado...

A carne crua:

Cortada de forma sanguinária!
Distribuída nos contornos
Do teu sangue,
Artérias perdidas
No infinito do cosmo!

A carne nua:

No sorrateiro momento noturno;
No barulho do beijo diurno
Ou no mesmo momento oportuno
Roubando um toque soturno!

A carne crua:

Degustada em qualquer paladar,
Sobre a mesa de um certo jantar
Que oferece sabor de amar!
Pra quem olha ou tenta provar...

A carne nua:

Embrulhando na pele no frio,
Em que nenhum toque é vazio
Mais sua boca me traz calafrio
No olhar e nesse beijo sombrio!

E a carne crua,
Derrama tinta vermelha,
Sobre a nudez da carne nua
Enganando todos os paladares!
Que contempla seus devaneios...



 Gessé Cotrim®
(todos os direitos reservados)
  http://twitter.com/gessebsb

1 comentários:

Amandda Fernandes disse...

Cada vez que eu leio uma poesia sua me surpreendo mais... Sua forma de escreve é fascinante!